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10 Janeiro

Síndrome do bebê sacudido: causas e sintomas

Não saber controlar o choro do bebê pode ser o detonante da síndrome do bebê sacudido. É importante aprender a conservar a calma para evitar consequências trágicas.

A síndrome do bebê sacudido, também chamado traumatismo cranial por maltrato, é uma lesão cerebral severa cuja causa principal é uma sacudida violenta. Pode afetar bebês de poucos meses, mas também pode acontecer em crianças pequenas de três a quatro anos.

A sacudida ocasiona danos nas células cerebrais e impede que o cérebro do menor receba oxigênio suficiente. Como consequência pode desencadear hemorragias, hematomas, danos cerebrais irreparáveis ou, até mesmo, a morte.

Seus sintomas variam em função da região do cérebro afetado, mas com frequência leva um dano axonal difuso. Em alguns casos se manifestam de maneira evidente em pouco tempo, mas também pode causar sequelas a longo prazo.

Por que esta síndrome aparece? Como preveni-la? Para muitos ainda é uma condição desconhecida. Por isso, a seguir revelaremos suas principais causas, os sintomas de alerta e algumas recomendações para reduzir os riscos.


Causas da síndrome do bebê sacudido

A síndrome do bebê sacudido se produz por uma sacudida violenta que detona lesões no cérebro. O movimento brusco que o cérebro frágil do bebê sofre pode causar inflamação, hematomas e sangramentos. Isso, por outro lado, deriva em traumatismos que chegam a ser mortais.

No geral, origina-se quando um dos pais ou as pessoas encarregadas do cuidado sacodem o bebê intensamente porque não deixa de chorar. Essa reação violenta pode não ser planejada, mas também voluntária e intencional.


Fatores de risco

• Ter expectativas pouco realistas sobre os bebês

• Ser pais jovens ou solteiros

• Estar submetidos a situações de estresse constantes

• Violência doméstica

• Consumo e abuso de álcool e substâncias

• Situações familiares instáveis

• Ansiedade e depressão


Sintomas da síndrome do bebê sacudido

A síndrome do bebê sacudido não costuma produzir lesões físicas no corpo do bebê. Em certos casos o rosto pode apresentar hematomas. Os traumatismos nem sempre são imediatos e podem se desenvolver de maneira gradual, de acordo com a região do cérebro comprometida.


Alguns sinais e sintomas desta condição são:

• Irritabilidade extrema;

• Rigidez;

• Pele pálida ou com cor azulada;

• Convulsões;

• Paralisia;

• Problemas respiratórios;

• Dificuldade para se manter acordado;

• Redução do apetite;

• Pupilas dilatadas;

• Pontos de sangue nos olhos;

• Baixa tonalidade dos músculos;

• Vômitos e anorexia;


Os casos leves de síndrome do bebê sacudido não costumam mostrar sintomas de alerta. No entanto, a criança pode manifestar problemas de saúde posteriores ou transtornos do comportamento.


Complicações

Sacudir um lactante de maneira violenta, ainda que seja por um breve momento, pode gerar lesões cerebrais irreversíveis. Inclusive, muitas crianças maltratadas morrem devido a esta síndrome. Os que sobrevivem requerem atenção médica para evitar complicações como:

• Problemas de visão ou cegueira

• Atrasos mentais e problemas de aprendizado e comportamento

• Deficiências físicas ou mentais

• Transtornos convulsivos

• Paralisia cerebral


Prevenção da síndrome do bebê sacudido

Uma das formas comuns de prevenir a síndrome do bebê sacudido são as aulas de capacitação para pais novatos. Este tipo de terapia ajuda a compreender por que é perigoso sacudir o bebê e como devemos manejar de forma correta seu choro.

Muitos progenitores sacodem o bebê porque não sabem o que está causando o choro e como controlá-lo. Além disso, alguns desconhecem por completo as graves consequências da sacudida.

Outros tipos de ajuda são as terapias com profissionais da saúde mental. O psicólogo ou psiquiatra pode ensinar estratégias para frear as emoções negativas e o estresse da paternidade.


Conselhos para manejar o choro do bebê

• Verificar se o bebê não está com fome e, se sim, amamentá-lo.

• Refrescar o bebê se está com muito calor ou abrigá-lo se faz frio.

• Verificar se devemos trocar sua fralda.

• Comprovar a temperatura do bebê e consultar se tem sintomas de alguma doença.

• Alimentar o bebê devagar e fazê-lo arrotar.

• Ninar o bebê ou abraçá-lo.

• Passear com o bebê em seu carrinho.

Se nada do anterior funciona, devemos manter a calma e respirar. O melhor é colocar o bebê no berço e deixar que se livre do choro. Nesse momento também é bom pedir apoio de um familiar ou amigo. Se o bebê segue chorando, o melhor é consultar o médico, já que pode estar doente.


Fonte: Revista Saúde